11.27.2009

• Capítulo Um •

05 de Julho de 1927

- Vamos menina, ande mais rápido ou vamos todos chegar atrasados para o jantar – Ela disse, sete anos se passaram desde o nascimento de Mary Anne, mais Emilly parecia não envelhecer, continuava a mesma mulher morena e esbelta por quem Jhonn se apaixonara.
- Já vou mãe – a menina respondeu, então saiu de seu quarto em um vestido azul bebê, parecia uma princesa, uma mini versão da mãe .Todas as pessoas sempre comentavam pelo vilarejo, como as duas se pareciam, Mary Anne não tinha quase nada do pai, a não ser o jeito tímido e o nariz, aqueles olhos certamente hipnotizavam a todos os que os encarassem, as vezes as pessoas se assustavam com os olhares de Mary, muitas vezes ela encarava como se uma grande tempestade de neve fosse congelar a todos, outras como se incendiasse o corpo humano, mais na maioria das vezes, era um simples olhar meigo e doce, inocente e inofensivo, mais ainda assim, provocava arrepios em muitos da região.Entraram no carro para poder ir a festa dos “Duprê” , uma das famílias mais bem dotadas e populares da região, porem com certeza os mais humildes.
- Neal e Susan disseram que estariam lá as vinte e uma horas, já são vinte e quarenta e cinco, temos que nos apressar se quisermos entrar juntos. Oh ela também disse que iriam trazer “O Pequeno Tom” Mary, assim não vai se sentir só na festa – Emilly disse.
Susan era a irmã mais velha de Emilly, se casou com Neal quando tinha apenas quinze anos, eles tem dois filhos, o pequeno Tom e Alice.
Eles chegaram a tempo , as vinte e uma hora estavam na porta da casa dos “Duprê” foi a senhora Rose quem os recebeu, de começo a festa estava ótima,
a musica era sutil, as pessoas bem vestidas, as danças não eram vulgares e estava todo mundo se divertindo.Mais isso não pareceu durar muito a festa chique, com pessoas importantes se desfez logo após o jantar, o ambiente ficou pesado e enquanto a musica aumentava, Ed Bali e Harry Osborne começaram a discutir.
- Você cantou a minha mulher, eu vi – Disse Harry
- Eu não cortejaria uma mulher casada Ed, veja os modos e controle se homem! – E não bastou mais nenhuma palavra de Ed pra que a briga começasse, todos pararam imediatamente para ver os dois, aterrorizada com aquilo e tentando proteger a filha Emilly a colocou no colo, quando derrepente uma mão atinge a menina, Harry para a briga para poder se desculpar com a menina, e então foi a primeira vez que aconteceu.
Harry olhou em seus olhos verdes e ficou parado, tudo o que Mary Anne queria era que aquela confusão acabasse, ela ainda era uma criança e estava assustada, e como qual quer outra pessoa ela imaginou e desejou que tudo ficasse calmo, ela se lembrou na hora em que chegou na festa, e imaginou que ainda poderia estar assim, quando Mary abriu os olhos, todos estavam calmos e conversando tranquilamente,a musica voltara a ser baixa e as pessoas não estavam mais com aspecto de bêbadas, ela realmente achou estranho, parecia que fora ela quem havia feito aquilo, ela imaginou e aconteceu pensou, mais talvez fosse bobagem, e ela decidiu não pensar mais naquilo.
Foi um pensamento inútil na volta pra casa ela se sentia estranha, como se alguma coisa estivesse mudado dentro dela, ou talvez ate mudando, como em uma fase de crescimento, sua cabeça doía.
- Mãe, minha cabeça dói – ela disse, então Emy se virou para trás e testou a temperatura da menina com as mãos, indicava que estava tudo bem e disse:
- Tudo bem Filha, já vamos chegar em casa e assim você poderá descansar e dormir um pouco.


Continua (:
As Crônicas de Mary Anne


“Essa é a historia de Mary Anne, uma menina simples, mais com grandes poderes em mãos.”

19 de Agosto de 1920,Oxfordshire, Inglaterra

Com um breve suspiro, ecoa no quarto um choro mínimo, quase um suspiro, calmo e sereno, seguido por um avalanche de olhos esmeralda, tão grandes e tão belos, que um sorriso largo de formou no rosto dele.
- É uma menina! – gritou, e todos no quarto vibraram com emoção.
Uma mulher alta e loira, esbelta de sua própria forma, pegou a criança e a entregou no leito de sua mãe, que ainda estava deitada, chorando, em um mar de sangue.
- Parabéns Emilly, aqui está a sua filha – disse Susan entregando a criança para a mãe, e nesse exato momento, o tempo pareceu parar, por um breve instante dois par de olhos verde-esmeralda se encararam, com tamanha perfeição, que se podia ouvir sinos como trilha sonora, era a primeira conexão entre as duas, era o primeiro amor.
Então em um susto a porta do quarto se abre, e em meio de dois passos , um rapaz anda até a cama, beija sua esposa e também a sua primogênita.
Um calor bom abrange a sala, uma sensação de está cercado por chamas suaves, como ao redor de uma fogueira.
Emilly olhou para sua filha, e como se estivesse surpreendentemente orgulhosa disse – Mary Anne Smith – foram as suas palavras, e todos na sala entenderam o seu recado.